De repente, dá pra ver que é tudo baseado numa troca (estranha) - enquanto deveria ser por livre e espontânea vontade (isso, na verdade, é um eufemismo para orgulho). E, aliás, tem muito do comportamento social envolvido, do tipo “o que as pessoas vão pensar de você (?)”. Muito provavelmente vão te achar idiota se sua namorada deu qualquer vacilo com você e, porque você gosta dela, a perdoou tranquilamente (principalmente em casos de traições e vexames tais). Isso é socialmente feio: perdoar. Apesar do seu querer, “é importante pensar em como você seria visto numa situação dessas”. Como diriam os americanos: bullshit.
A sensação constante do teste te encaminha direto à “reprovação”. É difícil agradar sempre e tentar também. Casca de ovo sempre quebra, seja por acidente ou propositalmente. É difícil andar nos trilhos de outrem, porque eles podem não ser exatamente os seus - ainda que ambos dêem no mesmo lugar.
Assim como a certeza da morte, a de que os erros são infinitos é igualmente certa. Todo mundo erra por um motivo ou outro, num ponto ou noutro. É a lei da vida. Cabe a nós, apenas, tentar diminui-los e ir em busca do acerto - mas com a consciência de que o erro ronda, apesar de nem sempre o procuramos cientemente.
Acho que viver é isso.
Carol
20/10/20
20/10/20
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